Relatório da ONU aponta crescimento
desenfreado da população mundial
Cerca de 78 milhões de pessoas nascem a cada ano no planeta
Hussain/AFP
Família indiana caminha em Rua de Nova Deli
Os países menos desenvolvidos continuam com os piores índices de desigualdade social e crescimento da população. O texto da UNFPA aponta que "quase todo esse crescimento – 97 de cada 100 pessoas – ocorre em países menos desenvolvidos, alguns dos quais já lutam para atender às necessidades de seus povos''. O relatório ressalta que "as lacunas entre ricos e pobres estão crescendo''. O texto lembra que "hoje, mais do que nunca, as pessoas estão vulneráveis à insegurança alimentar, falta de água e desastres climáticos. Enquanto isso, muitos países ricos e de renda média se preocupam com a baixa fecundidade, redução da população e seu envelhecimento''.
O documento da ONU alerta para a falta de um projeto global contra o crescimento da população no planeta: "As decisões que tomarmos agora determinarão se poderemos conviver em um planeta mais saudável. Em um mundo de 7 bilhões de pessoas e em contagem progressiva, precisamos contar uns com os outros."
O estudo faz um balanço do crescimento desde que o contingente mundial chegou a 1 bilhão de habitantes, em 1804:
1804: 1 bilhão
1927: 2 bilhões (123 anos depois)
1959: 3 bilhões (32 anos depois)
1974: 4 bilhões (15 anos depois)
1987: 5 bilhões (13 anos depois)
1998: 6 bilhões (11 anos depois)
2011: 7 bilhões (13 anos depois)
2025: 8 bilhões (14 anos depois)
2043: 9 bilhões (18 anos depois)
2083: provavelmente 10 bilhões (40 anos depois de 2011)
Uma rápida análise nos números acima pode sugerir que a taxa de crescimento está desacelerando. "Mas, com o grande número de pessoas em idade reprodutiva hoje em dia - 3,7 bilhões -, a população mundial continuará a crescer por muitas décadas ainda", argumenta o texto da organização.
"A data em que alcançaremos o próximo bilhão – e os bilhões depois do próximo – depende de decisões de política e financiamento tomadas agora em relação à assistência, à saúde materna e infantil, acesso ao planejamento familiar, educação de meninas e maiores oportunidades para mulheres", enfatiza o relatório.